Maria Laura Moura Mouzinho Leite Lopes (Timbaúba, 18 de outubro de 1917 — Rio de Janeiro, 20 de junho de 2013) foi uma matemática, pesquisadora e professora universitária brasileira. Membra titular da Academia Brasileira de Ciências e Comendadora da Ordem Nacional do Mérito Científico, foi a primeira doutora em matemática do Brasil, especializada em Educação Matemática. Matemática de renome, combateu a ditadura e articulou a criação de instituições de pesquisa. Fez parte do grupo que fundou o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), instituto criado juntamente com José Leite Lopes e César Lattes em 1949. Além disso, participou de articulações para fundar outras instituições importantes, como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) e a Sociedade Brasileira de Educação Matemática (SBEM). Em 1961 foi nomeada professora da Educação Técnico Profissional do Estado da Guanabara e em 1967, assumiu a chefia do Departamento de Matemática da FNFi, até o mesmo se tornar Instituto de Matemática da UFRJ. Em 1969, pelo Ato Institucional Número Cinco (AI-5), ela e o marido foram exilados e banidos do Brasil, indo morar na França, onde ela passou a pesquisar na área de Educação Matemática no Institute de Recherche en Enseignement de Mathematiques. Seu retorno ao Brasil se dá apenas em 1974, já com experiência internacional. Com a Lei da Anistia em 1979, ainda sob regime militar, Maria Laura reassume sua cadeira no Instituto de Matemática na UFRJ. Em 1976 participa da fundação do “Grupo de Ensino e Pesquisa em Educação Matemática - GEPEM”, que foi presidido por ela durante os primeiros oito anos. Maria Laura morreu em 20 de junho de 2013 no Rio de Janeiro.
Esses documentos se encontram no arquivo pessoal Maria Laura sob a guarda do Arquivo de História da Ciência do Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST).